Há rumores de que o Spotify estaria trabalhando em um novo sistema de licenciamento direto com músicos e bandas independentes. O objetivo seria aumentar os lucros dos artistas e reduzir os custos da plataforma com direitos autorais. Pois, realizando o pagamento das diretamente aos artistas, sem passar por associações, selos ou agências, a empresa poderia oferecer uma parcela maior de royalties por execução aos músicos que assinarem seu licenciamento diretamente com a plataforma. Conforme a Billboard, a ferramenta de streaming estaria oferecendo uma parcela de 50% do faturamento das execuções de faixas.
Este valor é menor do que paga atualmente para as gravadoras, mas é maior do que os artistas recebem. Segundo informações, o contrato direto não prevê exclusividade e os artistas podem escolher fechar contratos referentes a toda sua obra ou somente músicas específicas. A princípio estas questões estariam sendo feitas em sigilo com músicos e bandas independentes, justamente para evitar a polêmica com as gravadoras e selos. Além disso, internamente a ferramenta também terá um trabalho muito maior, para preparar os processos dos licenciamentos individuais, porém o valor montante final compensaria todo o esforço, já que os royalties impactam profundamente os lucros da empresa.
O CEO do Spotify, Daniel Ek, já declarou que as gravadoras e associações são fundamentais para os artistas e para o mercado de streaming. Porém, também já comentou que as relações comerciais no setor podem mudar, conforme o que for melhor aos músicos. Caso seja este o futuro do agenciamento dos royalties, teremos uma confirmação sobre a força das novas tecnologias. Mas, ainda há a notável importância do trabalho das gravadoras, ao representar os artistas no agendamento de shows, eventos e ações de publicidade. E com tudo isso, quanto à facilidade dos contratos de streaming, os músicos e bandas independentes têm a ganhar, com a chance de aumentar as execuções de suas músicas e melhorar o engajamento com o público.Â